"(...) AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO!..." (MATEUS: 16, 18).
Porque só agora, depois de 10 anos?
Qual o interesse da mulher por trás de tudo isso?
Quem são os “juízes” da situação?
Quem nunca fez algo por fraqueza humana?
Onde fica o pedido de perdão do Padre?
Qual o motivo da repercussão?
(...)
“Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” – Jo: 8,1-11.
Temos uma situação exposta sem necessidade, como se uma pessoa, por estar na condição de Padre, não estivesse sujeita às fraquezas da carne. Estas são quem mais estão. Não se desabona sua capacidade de ocupar o seu ministério por uma situação desta natureza, onde nada foi de forma imposta e, pelo que tudo indica, se aconteceu algo entre ambos, aconteceu com o livro consentimento dos envolvidos. Quem somos nós para julgar tal situação? Aquele que nunca errou, por favor, atire a primeira pedra.
Mas qual o real motivo para toda essa exposição? O inimigo só tem uma meta: atingir a Igreja de Cristo (Mateus: 16: 18-20) e, com isto, abalar suas estruturas. Em particular, estamos falando da Arquidiocese de Natal/RN. Um fato de 10 anos atrás, que ganha as manchetes dos blogs e jornais só agora. Até então, se nada tivesse sido exposto, o Padre continuaria sendo elogiado por suas homilias e serviços prestados ao Reino de Deus, sendo que agora, após toda essa repercussão, autoridade nenhuma ele teria para prosseguir com o seu ministério. É isso mesmo?
Quando os fariseus, na época de Jesus, lhe trazem aquela mulher pega em adultério, põem Jesus à prova, ao dizer-lhe o que deveria ser feito e, Jesus, com toda sua serenidade, os fazem olhar para dentro de si mesmos. Quem é o pecador para julgar um pecador? O Único capaz de condenar não condenou, quem teria tal capacidade?
Pelo que tudo indica existiu um pedido por perdão da parte do Padre. Jesus certamente o diria: “Vá, e não peques mais”. (João: 8:11). Quantas vezes mesmo devemos perdoar os nossos irmãos? (Mateus: 18: 21-22).
Tudo bem que a igreja, na condição de responsável por zelar pela integridade de seus pastores, intervenha, não como juíza, mas como orientadora, conforme rege a sua doutrina/lei interna; entender a situação se faz necessário; quanto ao “inimigo” que se levantou através daquela mulher, cabe alguns questionamentos que põem em dúvida os reais motivos que a levaram a fazer isso. Ninguém está isento do pecado, nem mesmo aqueles que se encontram dentro da Igreja de Cristo. Não cabe levantar questionamentos quanto ao pensamento da Igreja, com relação a liberação para que Padres se casem, por exemplo. É uma situação complexa e, ao Padre, que tanto se doou e tem serviços prestados em favor do Reino de Deus, cabe as nossas orações; para que saiba passar por essa situação com serenidade, reconhecendo, antes de tudo, que antes de ser Padre, ele é humano e que por ser humano, sim, está sujeito às fraquezas da carne!
E para quem realmente é igreja, é nessas horas que somos chamados a testar o nosso conhecimento diante da palavra de Deus e, entender, à luz da palavra, que jamais, em hipótese alguma, devemos nos colocar na condição de juízes (Mateus: 7, 3-5), mas agir sempre com misericórdia, como aquele que acolhe e não como aquele que condena.
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Por: Elton Trindade.
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