A VERDADEIRA AMIZADE, AONDE PODEMOS ENCONTRA-LA?
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Imagem: Google. |
Amizade não é sobre está presente, mas sobre ser presente e ser presente nem sempre significa estar “grudado” ou, se mostrando o único ser capaz de amparar o outro; isso é algum tipo de distúrbio, menos amizade verdadeira. A pessoa que se diz ser a única capaz de amparar o outro na hora da necessidade e se coloca presente acima de tudo e de todos, muitas das vezes, inconscientemente, ela está fazendo com o outro aquilo que queria que fizessem com ela. É uma forma de “suprir” uma carência interna.
Pessoas assim são ótimas em tentar manipular o outro, demonstrando por “A + B” que a outra pessoa já tem a ela e que por isso não precisa de mais ninguém. Pessoas assim conseguem, como ninguém, fazer o seu joguinho e nada, nada que ela venha a oferecer em nome desta suposta “amizade verdadeira” é gratuito; há um preço que se é cobrado sutilmente, acredite.
A verdadeira amizade é desprendida, mas ambos os lados reconhecem a amizade como sendo verdadeira. Sim, também existem amizades verdadeiras onde ambos os lados convivem diariamente, mas na grande maioria dos casos a referida amizade não é muito sadia. Em um mundo onde as relações parecem cada vez mais artificiais, todo cuidado é pouco quando se trata daqueles que se aproximam com o intuito de tirar algum proveito do contexto atual em que nos encontramos.
A pessoa que declara amor infinito, amizade eterna e outras “balelas” mais nas redes sociais e outros mecanismos de comunicação, onde o mais importante é expor ou até mesmo forçar uma determinada situação, não consegue se quer amar a si mesma. Eu sei que tudo hoje em dia gira em função da exposição, nem toda declaração aberta caracteriza algo doentio da parte de quem a fez, existem situações e situações; uma coisa é algo pontual, outra coisa é o exagero “desacerbado” das constantes declarações dirigidas a uma única pessoa em um curto intervalo de tempo.
Resumo da “ópera”: Pe. Fábio de Melo, em uma de suas pregações, nos fala (explicando com outras palavras) o seguinte: “é na nossa inutilidade que sabemos quem realmente é por nós”. Quando nos tornamos inútil para o outro e mesmo assim o outro resolve ficar, aí há um estupendo sinal de fidelidade. Mas até nisso devemos ter cuidado. Eu arriscaria dizer que aquilo (não tudo) que é vivido lindamente sem que precise ser postado, está mais próximo de ser algo verdadeiramente fidedigno.
A discussão é complexa e merece sua atenção e reflexão. Cuidado com os supostos "amigos" ou "amigas"!
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Por: Elton Trindade.
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