Como grãos de areia... por entre os dedos...

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Espera só mais um pouco... Esperar o quê? O tempo passar? A idade chegar? A pele enrugar?... Esperar? Esse é o mal da sociedade atual, por medo de se permitir engana a si mesmo e o outro é quem tem que esperar. Esperar a conta bancária se ajustar, esperar passar em um concurso, esperar eu me resolver com meus pais, esperar algumas feridas cicatrizarem, esperar a semana que vem, o mês que vem, o ano que vem... Esperar, esperar, esperar... 

Nem todo mundo tem o tempo todo para ficar esperando a bela adormecida acordar do seu sono profundo! Enquanto isso a vida escorrega por entre os dedos, como grãos de areia... por entre os dedos... Aquele romance, aquele casamento do ano, aqueles sonhos, aquelas fotos com a pessoa amada, vai sendo aos poucos engavetados... Não dará mais tempo, ficamos velhos demais para os nossos objetivos. Ah, como eu queria... Mas querer sem agir é o mesmo que sonhar sem correr atrás! 

Não dar para vivermos perdendo tempo, já está mais que comprovado que a vida é curta demais; quando dermos fé, passou. Passou e você não viveu, passou e você não amou, passou e você se preocupou demais com as coisas fúteis, esquecendo do essencial e, o essencial nem é tão invisível aos olhos assim; muitas das vezes está ali, a um palmo do nosso nariz, nós é quem insistimos em olhar para o outro lado, nos enganando com a velha história do: Vai dar certo! Vai dar certo? Quando? Quando tivermos fechados os olhos para este mundo e não mais respirarmos? Sinto informar-lhe: Será tarde demais! Restará apenas o arrependimento por não ter tentado; mas do que servirá o arrependimento, se não para fazer escorrer uma lágrima no canto do olho com a frase: Eu poderia ter amado. 

Por: Elton Trindade.