LUTO...
(do latim luctu) é um conjunto de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser. Segundo John Bowlby, quanto maior o apego ao objeto perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social etc.), maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas. – (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Luto).
![]() |
Imagem: Pesquisa no Google. |
Já
parou para pensar na quantidade de pessoas que morrem todos os dias? Ah, mas
podia ser uma pessoa de sua família! Mas não é e, se fosse, a dor seria
totalmente diferente, porém, isso não significa que eu não comungo da dor do
outro, aquele ou aquela que se foi só não fazia parte do meu convívio diário a
ponto de fazer com que eu entre em um luto profundo, como se eu tivesse perdido
meu pai, minha mãe ou algum irmão meu. Vocês conseguem compreender?
A
queda do World Trade Center, nos Estados
Unidos, parou o mundo, mas no outro dia você seguiu sua vida; a queda do avião
da Chapecó deixou a todos com os olhos lacrimejados, principalmente ao vermos
aquela fileira de caixões sendo velados em TV aberta, mas logo em seguida você
conseguiu seguir em frente; a tragédia em Brumadinho nos deixou irados com
tamanha a irresponsabilidade, mas não podíamos fazer nada. O Nosso sentimento
de pesar era diferente do sentimento dos familiares que aqui ficavam e recebiam
as notícias. Diferentemente de se fosse um parente muito próximo nosso;
choramos, não queremos acreditar e nem muito menos aceitar; é uma dor que chega
a doer na alma. Quem já perdeu um ente querido sabe disso!
Estamos compartilhando quase que diariamente a frase: “Se a dor do outro não te comove, quem precisa de tratamento é você!” Mas, quem somos nós para criticarmos os sentimentos de quem quer que seja? Na atualidade, se não expomos o que sentimos nós não sentimos. É isso? Precisa ser estampado em algum lugar para que possamos acreditar que o outro está sentindo algo. Morreu um parente: corre e coloca “LUTO” em todas as redes sociais para que comece aquela velha enxurrada de palavras de pesar. Aquilo parece mais uma massagem no próprio ego, algo do tipo: “quero ver quem vai tentar me acalentar”. Uma necessidade exacerbada de chamar a atenção de alguma forma, e não existe nada que chame mais a atenção que algo ligado a “tragédias” e/ou perdas.
Estamos cientes dos números de mortes pela COVID-19, mas muitos, mesmo assim, no dia de ontem (09), estavam entre parentes e amigos, curtindo ao som da magnifica Marília Mendonça. Isso significa que somos todos insensíveis? Não! Outra frase que estamos lendo diariamente: “Só vão sentir quando alguém de sua família contrair o vírus”. É como se desejássemos, de forma indireta, que o “próximo” do outro contraísse a doença como uma forma de lição! Claro que seria diferente! Uma coisa é alguém que eu não conheço contrair; o sentimento é de: poxa, por quê? Outra sou eu ver alguém bem próximo! Mas aí é onde está; você tem feito a sua parte? Se cada um passar a se preocupar menos com a vida do próximo e transformar esse sentimento de revolta em algo como “cuidado” consigo mesmo, talvez a coisa comece a mudar. Uma coisa é querer orientar, tentar ajudar... outra é viver nas redes sociais “espirrando” ódio, como se todo mundo estivesse se descuidando. Se alguns assim o fazem, cabem as autoridades competentes ir lá e orientá-los a fazer da forma correta! 10.000 morreram, e? Milhões de pessoas morrem todos os dias! Isso não me torna uma pessoa insensível, pelo contrário, se não tivéssemos redes sociais, TV aberta e internet, nem estaríamos tão chocados assim! Que Deus receba os que se foram e cuide dos que ficaram! A morte, por mais assustadora e inaceitável que seja, é parte irrefutável da vida humana. Ao primeiro sinal de vida já entramos em combate com a mesma constantemente!
Por: Elton Trindade.
Comentários
Postar um comentário