"... notei que aquele clima pesado, que eu sentia em todo lugar que eu ia, era eu.”

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“Decide me tornar uma pessoa mais leve, quando notei que aquele clima pesado, que eu sentia em todo lugar que eu ia, era eu.”

Sabe de onde eu acabei de tirar esse texto? Minha mãe postou em seu status no WhatsApp. Sabe o que isso causou em mim? Um turbilhão de pensamentos; como se, instantaneamente, eu voltasse em várias áreas de minha vida e concluísse: “O peso naquele dia, ou naquele ambiente, ou com aquela pessoa, ou... ou... ou... ...era eu”.

Mas eu não era assim. Podemos pensar. Outro dia eu ouvi alguém comentar que nós somos a média das pessoas com quem mais convivemos. Isso te remete a algo? Você se tornou o/um “peso” do nada? Quanto mais você mexe na ferida, mais sangra. Você era leve, as pessoas ao seu redor tinham suas tipologias próprias, você não se cuidou ou não tinha conhecimento do quão importante seria filtrar determinadas situações e pessoas, você foi absorvendo energias, as próprias diversas “tipologias”, enfim. “Contaminado”, você não tinha maturidade para lidar com o que você estava se tornando, amargo, áspero, armado... As pessoas começaram a se afastar, porque você cada vez mais entrava em uma “bolha” que era só sua. Como se todos ao seu redor fossem uma espécie de “ameaça”. Algumas pessoas deturparam isso, fazendo você acreditar que você estava se tornando uma pessoa “autêntica”, “madura”, “seletiva” ... Quando na verdade você só estava se tornando insuportável mesmo. Não era o peso do ambiente ou das pessoas, era você a carregada do rolê. Eu sei que dói, abrir os olhos e tentar furar a “bolha” em que lhe puseram, o bom é que a dor também ensina.

É fácil aceitar tudo isso? Não. Machuca? Sim. O que a pessoa que escreveu a reflexão fez, ao perceber que algo errado não estava certo? Ela decidiu tornar-se mais leve. Vai ser fácil? Não. Vai doer? Muito. O que levamos desta vida, se não a vida que se leva? Tudo parece passar tão depressa e ainda nos damos ao capricho de pensar que sozinhos chegaremos a algum lugar. Essa é uma reflexão para a vida. Não carregue um fardo que não é seu. Abra mão desse tipo de “herança”. Seja leve, no mundo já existe peso demais.

Autor: TRINDADE, Elton.

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