O amor não machuca...

Imagem: Internet.

O amor não machuca, não faz chorar, não deixa triste... O amor não faz de conta, não se intimida diante do que os outros pensam, não mede distância... O amor não tem medo de amar, não se destrói quando o tempo passa, não tem medo de se lançar... Se foi assim, nunca foi amor. 

O amor é pleno, é soberano, é singular; é auto-suficiente... A partir do amor nascem os demais sentimentos, porque em meio a eles, o amor é como o sol, que irradia luz para que eles possam brilhar. Quem se aproxima por amor, se aproxima de graça, sem cobrar qualquer vintém ou qualquer moeda de prata. 

Se houve algum tipo de interesse em troca, por menor que seja, nunca foi amor; foi paixão, “fogo de palha”; menos amor. Se com o passar do tempo você sentiu saudades, vontade de estar perto e, estando perto, apenas ficar, sem ao menos se tocarem. Quando a presença do outro te basta, porque tudo se renova apenas no olhar, cuidado! Acho que você esta começando a amar. 

Mas, se com o passar do tempo o sentimento morreu, se no lugar daquilo que você chamava de amor sobrou pena e dó; sendo estes os piores sentimentos que você poderia sentir por alguém, permita-me dizer-lhe: nunca foi amor. 

Se tiver coragem de rasgar as fotos guardadas há tanto tempo no fundo da ultima gaveta do criado mudo, se teve coragem de se permitir uma nova chance consigo mesmo, amando-se e respeitando-se, isolando-se e compreendendo-se; permitindo-se um tempo necessário para reorganizar todos os sentimentos existentes nesse universo chamado você e, durante esse tempo, o outro ficou cada vez mais lá atrás, deixa te dizer mais uma vez: nunca foi amor. 

Quando é amor somos parte do outro e o outro é parte de nós, entre ambos nunca existirá dois lençóis. O ‘eu’ dará lugar ao ‘nós’; por mais que queiramos nos separar o destino nos unirá e, sobre o que os outros pensam ou deixam de pensar, isso nunca caberá no verbo amar. Lembre-se: o amor é singular.

Por: Elton Trindade.

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