TEMPO, TEMPO, TEMPO, TEMPO...
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Imagem: Internet. |
Queremos encontrar alguém, mas não queremos abdicar daquilo que nos convém; queremos casar, mas temos medo de trocar o “eu” pelo “nós”; queremos amar, mas sempre achamos uma brecha ou uma forma de trair.
Sonhamos em construir um castelo, mas não movemos uma pedra para isso; queremos os filhos correndo no jardim, mas não queremos ter o trabalho de cria-los; queremos mais noites a dois, mas os desejos pelas baladas falam mais alto...
O tempo vai passando, a idade vai chegando, a pele enrugando, e nada foi feito; a não ser as coisas passageiras que você viveu; porque alguém lhes disse que o importante era viver. Você sente falta de alguém que lhe faça um cafuné no final do dia; que pergunte como foi o seu dia; que te ligue no meio dele para saber como você esta ou, que te mande uma mensagem, algo do tipo: “Estou com saudades”, mas, alguém também lhes disse que você só precisava de um corpo definido e comprar um carro.
A vida vai passando... 30, 40, 50 anos... E aí? O que você tem feito além de gastar o seu tempo com as baladas e diversões momentâneas? Queremos, mas temos medo! Sonhamos, mas não arriscamos! Opostos que se atraem, mas não tem coragem de falar! Prender-me? Ter que dar satisfação? Não! Mas não, mesmo!
E assim, construímos a era da liberdade sem sermos libertos, porque somos prisioneiros de nós mesmos. Vivemos como se nunca fossemos envelhecer, porque os aplicativos do Smartphone fazem com que as rugas fiquem amenas e assim vamos nos iludindo; acreditando que estamos conseguindo “congelar” o tempo. Mas, na verdade, o máximo que conseguimos é tardar o inevitável; o tempo passa, o tempo é cruel e a solidão maltrata!
Por: Elton Trindade.
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