Sexta-feira Santa: O dia em que fazemos memória da morte do Homem que se doou pela humanidade…

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Mas, será que Ele tinha conhecimento do rumo que a humanidade tomaria? Será que valeu a pena todo aquele sacrifício? Se formos tomar como base as escrituras, sim, Ele tinha e, falando bem no popular: Ele sabia onde estava se metendo e por quais pessoas estava dando a sua vida. Por mais absurdo que isso nos pareça, mesmo depois de tanto tempo, olhando para a humanidade hoje e pensando como reles humano, pecador, que enxerga a superfície por muita das vezes não conseguir enxergar o profundo, nos parece que Deus foi longe demais por uma humanidade que sequer mereceria receber o seu Filho, quiçá deixá-lo padecer por nossos pecados.

É absurdo pensar que alguém, mesmo com condições divina, tivesse tamanha audácia e coragem, como Jesus teve; por mais que Ele soubesse qual seria o seu destino na terra, ainda assim sua ação ultrapassa a capacidade de se doar ao outro de forma a morrer e morrer de um jeito tão doloroso. Por quem você morreria? Se existir alguém por quem você diz que faria tão grande gesto de amor, eu vou insistir: Você morreria mesmo? Uma coisa é falar, outra coisa é, tipo: deixar seu coração parar de bater, você parar de respirar e sentir aos poucos o seu corpo desfalecer só para ver o outro viver. Você tem noção do que seja a morte?... Agora me responda com toda certeza: Por quem você morreria?...

O entendimento no entorno da morte de Jesus vai muito além das célebres frases “Ele morreu para nos salvar” ou, “Ele deu a vida por nós”. Com base neste simples entendimento, “salvo estou”! Mas o que temos feito para nos mantermos debaixo da graça, quando agraciados já somos desde sempre? Existem algumas regrinhas básicas como a simbologia de lavar os pés uns dos outros, como o próprio Cristo fez, na noite em que ia ser entregue, em meio a um jantar, preparado especialmente para os seus. Você consegue compreender a mensagem que foi nos passada a partir daquela passagem bíblica? Parece que só o sangue vertido na cruz não é o suficiente. Sim, eu sou salvo pelo Sangue, mas se eu não crer assim e seguir alguns mandamentos, só o Sangue em si não me salvará! A morte do maior Homem que nasceu em meio a humanidade é complexa demais e ultrapassa as raízes do nosso entendimento.

Não, não é pelo peixe comido na sexta-feira que a salvação vem… não é pelo pão sem fermento, não é pelo fato de não varrer a casa, de não pentear os cabelos, de passar 40 dias sem comer seu chocolate preferido, sem tomar sua cervejinha socialmente… Se não tiver amor e se não quebrantar o seu coração diante de Deus e do teu próximo, nenhuma prática pagã se tornará “passaporte” para a salvação. Se estou salvo? Pelo Sangue sim, mas só o Sangue não me é suficiente para manter-me debaixo da graça. A nossa “sorte” é que Deus também é misericórdia!

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Por: Elton Trindade.

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