Morte, onde está tua vitória?

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A dor da perda é uma das mais terríveis e difícil de superar, porém, quem fica precisa seguir! Como? Tentando trabalhar a dor e transformando-a em saudade. Existe uma grande diferença entre a dor do luto e a dor da saudade; a dor do luto vai de encontro ao processo de aceitação quanto à partida do outro, quando não aceitamos este processo como sendo natural; a dor da saudade permite que o outro se vá, mesmo sendo sua partida um fato inesperado para quem fica.

Como nós, católicos, cantamos na Semana Santa?
"Morte, onde está tua vitória? Cristo ressuscitou, honra e glória!"

A dor do luto, da não aceitação da partida do outro e do choro pela não compreensão, nos leva a dizer, mesmo que inconscientemente: "Morte, você venceu!" A partir do momento que transformamos a dor em saudade e alimentamos em nós o processo de aceitação e de consolação, poderemos então, realmente afirmar: "Morte, onde está tua vitória mesmo?" Quando atingimos esse grau de maturidade, estamos reconhecendo que não houve morte, o que houve foi, mesmo que de forma inesperada, uma passagem de alguém que muito amamos para um plano celeste. Consegue compreender isso?

Mas claro, cada ser humano é um mundo particular, onde o processo de aceitação pode vir a ser diferente a depender do quanto que este está preparado para buscar, à luz do que é divino, aquilo que foge do raciocínio meramente humano. Tudo é uma questão de nos aprofundarmos no mistério salvífico de Deus. A partir do momento que compreendemos o que se encontra nas entrelinhas da vida, poderemos então usufruir da paz vindoura do processo de aceitação da partida daqueles que tanto amamos.

Por: TRINDADE, Elton.

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